Um amor pra vida toda

Quando entro em uma quadra de basquete esqueço todo e qualquer problema que se passe em minha vida, aquelas quatro linhas me protegem de todo e qualquer mal. As cinco meninas que compõe um time, aqueles cinco corações batem juntos no mesmo ritmo, com o mesmo objetivo! Cada passe, cada arremesso, cada defesa vai construindo uma história, história que é única, cada jogo tem a sua. A bola gira e sobe lentamente em direção a cesta, com ela leva meu coração, meus sentimentos. Não há lugar algum no mundo que sou mais eu, que sou mais feliz e me sinto mais completa do que numa quadra de basquete.

“Há quem chame de basquete, eu chamo de estilo de vida!”

Só pra não esquecer, veio a Alê!

Faz tempo que não escrevo nada por aqui, é que gosto de escrever quando realmente tenho alguma motivação e essa foi de arrepiar! Do dia 3 de junho ao dia 6 de junho eu estava em Araraquara participando do JUCA (jogos universitários de comunicação e artes). Pra quem não sabe o que é, explicarei! São quatro dias onde sete grandes faculdades de comunicação e artes de reúnem em uma cidade pra disputar um campeonato. Lindo, não? Se você achou lindo, está um pouquinho enganado! Imagine milhares de universitários (sim milhares! Só a minha faculdade levou mais de 1500) bêbados durante quatro dias perambulando e causando pela cidade! É isso o que acontece! Durante o dia são realizados jogos onde além da disputa em quadra há a disputa das torcidas e suas baterias, que é muito bom até o ponto onde não há brigas. E a noite tem a tão esperada balada, são três: duas gerais e uma de cada atlética. Bom, explicado o que é o JUCA deixe-me contar o que me trouxe aqui... Esse é o segundo ano em que participo deste campeonato, ano passado fomos campeãs sem muita dificuldade, diria. Acontecem três jogos, para o basquete feminino os dois primeiros são BEM fáceis e a final que traz surpresas... No ano passado ganhamos a final de 13 pontos, quando o jogo acabou eu fiquei muito feliz e emocionada por ganhar meu primeiro JUCA, mas foi uma alegria como as outras que já havia tido com elas, só que esse ano foi diferente... Já sabíamos que a final seria com a ECA-USP como no ano passado, mas esse ano eles traziam um diferencial, a tal da Alê. Cara, eu ouvi muito dessa tal menina que joga muito, que no seu pior jogo faz 30 pontos, e bla bla bla. Ouvi também que nós só ganhávamos da ECA quando a Alê não estava jogando, esse tipo de coisas! Enfim, chegou o tão esperado jogo! O jogo inteiro foi disputadíssimo, com pouca pontuação e MUITA marcação! A tal da Alê deve estar sonhando até hoje com a marcação da Mari, Carol e Bahia! E eu não vou esquecer tão fácil as três meninas que me marcavam quando eu me posicionava! Pra variar um pouquinho a arbitragem estava ajudando um dos times e LÓGICO que não era o nosso! Faltas que não existiram, eu me lembro principalmente das minhas que inclusive me fizeram sair no finalzinho do jogo com cinco faltas! Mas muito mais do que tudo isso o que eu mais vi naquele jogo foi GARRA, chegou uma hora que a técnica e todas as jogadas treinadas não entravam mais em quadra, o que estava valendo era o CORAÇÃO! E falando em coração, junto com a bola que a Mari arremessou faltando 10s para acabar o jogo foram todos os corações mackenzistas presentes ali naquele ginásio... Foram acompanhando a cada batida a parábola perfeita que a bola arremessada cuidadosamente das mãos da famosa número 20.. Ela encostou com carinho no bico do quadrado e entrou majestosamente na cesta, marcando três pontos para nós e deixando-nos um ponto a frente no placar! Isso sim foi motivo de arrepio e choro de emoção! Faltando 8s para acabar o jogo estávamos todas abraçadas, pulando, gritando e chorando enquanto a ECA conversava no tempo que foi pedido! O que queríamos? Concentração para jogar aqueles segundinhos que faltavam para consagrarmos nossa vitória! Oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um... ACABOU! Nunca senti na minha vida, em onze anos que eu jogo basquete com muitas finais já disputadas, a felicidade e emoção que senti ao acabar o jogo e ganharmos, novamente da ECA, só que dessa vez com a Alê e por um ponto de diferença! Um ponto que resume a união do nosso time, confiança, companheirismo e a felicidade que temos mais do que jogar basquete, em jogar basquete JUNTAS! Um ponto que carrega consigo o agradecimento a Vivian, nossa técnica do ano passado que foi campeã conosco ano passado e passou muita coisa pro time, e o agradecimento ao Diego, que começou como ‘substituto’ em alguns jogos e acabou vindo pro nosso time como técnico no segundo semestre do ano passado e que conquistou conosco o titulo desse ano e lógico que o agradecimento ao Pedrão, com suas grandes dicas pras pivôs do time! O que tenho a dizer a vocês todos? MUITO OBRIGADA por me fazerem sentir novamente dentro de uma nova família estando com o time e por terem me proporcionado a maior e melhor alegria numa final de campeonato, AMO VOCÊS!

1, 2, 3..TUBARÃO!